Tudo o que você precisa para financiar um apartamento
A vontade de ter um imóvel próprio está no subconsciente de muitos brasileiros, que sonham não depender mais do aluguel. Nesse sentido, existem diversos modos para se alcançar esse objetivo, sendo que um deles é financiar um apartamento.
Então, mesmo que o indivíduo pague parcelas, com esse modelo de compra ele tem a garantia de estar pagando por algo que é dele. No entanto, essa é uma aquisição que muda a vida de uma pessoa e deve ser feita com cuidado.
Assim, antes de dar esse passo, é preciso conhecer as implicações desse sistema, como ele afeta o orçamento familiar, bem como o que ocorre se as parcelas forem atrasadas.
Pois bem, são muitos os detalhes que devem ser certificados. Por isso, siga a leitura e confira neste artigo o que você não pode deixar de verificar antes de investir em um financiamento de imóvel.
O que significa fazer um financiamento imobiliário?
Você se apaixonou pela sala planejada apartamento e decidiu que deseja adquirir este imóvel, mas ao verificar as suas reservas, percebeu que não tem o valor suficiente para isso. Calma, ainda existe a solução do financiamento.
Mas o que é isso? Esse é um modelo de pagamento onde o indivíduo faz um empréstimo e paga o dono do imóvel à vista.
Na prática, o indivíduo procura um banco de sua preferência, pega o valor necessário e depois paga por meio de parcelas, durante um prazo que é acordado entre cliente e instituição financeira.
Além disso, antes de pedir o empréstimo, o comprador faz um pagamento de uma entrada para o dono do imóvel, seja este um apartamento ou uma sala reunião, que corresponda a 20% ou 30% do valor total, já o restante é financiado com o banco.
Assim, nesse modelo o dono do imóvel recebe o valor completo no momento da aquisição, sendo que o indivíduo ao invés de dever para ele, fica devendo ao banco. Por isso, em caso de problemas com o pagamento, a cobrança é feita por esta instituição.
Além disso, cada banco realiza este empréstimo de uma forma, assim, os juros e as condições são diferentes dependendo do lugar que será feito. Por isso, é importante pesquisar e verificar as condições antes de fechar o negócio.
Conheça os modelos de financiamento
Existem alguns programas no mercado que permitem que os indivíduos realizem o financiamento utilizando recursos vindos de poupanças e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS.
Tendo essa variedade de opções em vista, conheça um pouco mais sobre cada uma:
Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
Neste caso, ele atende principalmente a classe de renda mais baixa da população, não sendo necessário investir um alto valor.
Assim, ele pode ser usado tanto para a aquisição de um novo imóvel como para reformas na residência, por exemplo, a troca do piso vinílico instalado ou uma manutenção na laje externa, entre outros reparos.
Outra característica é que nesse modelo o indivíduo pode utilizar o seu FGTS para pagar e o valor do imóvel - porém, este não pode ser maior do que R$1,5 milhão. Os juros também não podem ser abusivos, sendo permitido no máximo o valor de 12% durante o ano.
Além disso, ele também só pode ser realizado se todas as condições abaixo forem contempladas:
- Ser uma pessoas física;
- Comprometer no máximo 30% do orçamento do indivíduo;
- O imóvel deve ser usado para moradia;
- O imóvel tem que ser na região onde o comprador reside ou estuda.
Sendo assim, indivíduos jurídicos não podem fazer esse tipo de empréstimo. Ademais, quem for optar por esse modelo, deve prestar atenção para que o valor não comprometa mais do que a porcentagem recomendada do seu orçamento.
Dessa forma, é essencial que o indivíduo faça as contas e se certifique quanto das suas finanças será usada e também se a quantia que ele solicitou é suficiente, principalmente, em casos de reforma, onde é preciso pensar na aquisição de materiais como um interruptor de luz, dentre outros.
Então, o cálculo precisa ser correto para que nada falte e a reforma não pare ou fique incompleta. Além disso, o próximo requisito diz respeito à finalidade da moradia, que não pode ser usada para fins comerciais.
O último quesito diz respeito à localização do imóvel, que precisa ser na mesma região onde o comprador mora ou perto de onde ele estude. Sem o cumprimento desses quesitos, o indivíduo não consegue requerer esse modelo de financiamento.
Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)
Esse é o modelo que contempla a todos que não se encaixam no primeiro modelo. Portanto, podem requerer aqueles que desejam um imóvel no valor acima de R$1,5 milhão e que tenham juros mais elevados.
Assim, aqui se enquadram imóveis que tenham um valor elevado e contenham mais detalhes, por exemplo, uma tela de proteção para apartamento, um fechamento de sacada ou outras características, já que dependendo dos itens o local é valorizado.
Além disso, esse modelo permite que além dos residenciais, imóveis empresariais também estejam inclusos. A taxa de juros fica no valor de 12% a 16% por ano, além de permitir que tanto pessoas físicas como jurídicas possam optar por esse modelo.
Por fim, ele não permite a utilização do FGTS, e não estipula limites para os valores máximos do imóvel, nem para a porcentagem do orçamento do indivíduo que será comprometida.
Minha casa, minha vida
O programa do governo cria condições para que famílias de baixa renda tenham condições de realizar o sonho de um imóvel próprio. Sendo assim, as parcelas são atrativas com valores menores do que os habituais.
Os juros também são baixos e ficam em torno de 5% a 9%, sendo que os valores são subsidiados pelo governo. Além disso, os indivíduos que ganham até R$9 mil reais mensais estão aptos para optarem por esse modelo.
Por fim, para participar é necessário ser maior de idade e não ter o nome sujo, desse modo, o indivíduo deve ficar ligado nas dívidas.
Além disso, não pode ter um imóvel, deve ter carteira assinada, morar na região do imóvel e não ter feito parte de outro programa de financiamento do governo.
Independentemente de qual seja a sua área de atuação, desde analista em uma empresa de gestão patrimonial até líder em uma empresa de marketing, é necessário ficar de olho em todos os pontos elencados. Dessa forma, escolhendo o melhor financiamento para o seu perfil.
Como financiar um apartamento
O primeiro passo para iniciar esse procedimento é escolher o local que será financiado, por isso é preciso pesquisar e se certificar de que todos os detalhes do lugar agradam o comprador, até mesmo, a pintura de prédios.
Além disso, outro aspecto essencial é verificar se o imóvel permite que seja realizado o financiamento, isso porque não são todos os que autorizam essa possibilidade. Nesse sentido, veja as etapas do processo:
Simulação
Cada indivíduo tem uma situação financeira, por isso no momento de optar por um financiamento é preciso fazer uma simulação que estipule como ficará os valores das parcelas.
Além disso, a simulação é feita de acordo com cada instituição, por isso podem ser feitas várias, para que o cidadão entenda as suas condições e maneiras que lhe sejam mais favoráveis.
Algumas instituições permitem que isso seja realizado pela internet, assim, o cidadão pode analisar as propostas. Permitindo que o indivíduo verifique como ficará a sua situação e quanto ele pode comprometer do seu orçamento para esse investimento.
Escolha da instituição e entrega dos documentos
Com diversas possibilidades, chega o momento que o cidadão opta por aquele que mais lhe favorece. Assim, com a definição feita, é preciso verificar quais são as exigências da instituição e realizar a entrega de documentos.
Desse modo, procure se informar para se certificar de quais papéis são necessários, em geral são pedidos documentos pessoais como RG e algum comprovante de renda, principalmente para garantir que o indivíduo tem um emprego.
Análise de crédito
Após a entrega, a instituição verifica as informações e se certifica de que o cidadão tem condições de fazer o financiamento, podendo pagar as parcelas.
Além de analisar como está a condição do indivíduo no mercado, ou seja, se não há dívidas.
Emissão do contrato e registro em cartório
Se tudo estiver correto, a instituição emite o contrato e o indivíduo o assina. Desse modo, é feito o vínculo entre a instituição e o cidadão. Então, a partir desse momento o comprador inicia a sua dívida com o banco.
Após o contrato elaborado, ele deve ser registrado em cartório pelo cidadão, isso gera alguns custos que variam em cada região.
Liberação do valor
Após os trâmites burocráticos, com os papéis assinados, resta ao cidadão esperar que a instituição libere o valor. Isso pode levar de 5 a 10 dias, dependendo de cada empresa bancária.
Pagamento de parcelas
A última etapa é o pagamento das parcelas, assim, com o imóvel comprado, o indivíduo deve pagar o valor acordado mensalmente. Desse modo, se isso não ocorrer, o imóvel pode ser perdido pelo comprador.
Ao fim de todas as parcelas, a instituição gera um recibo que atesta que a residência foi quitada pelo indivíduo de forma correta, sem nenhum impedimento.
Portanto, esse são os procedimentos que devem ser realizados pelo indivíduo para que ele consiga um financiamento. Pagar um imóvel pode ser muito difícil para uma família, mas o financiamento pode ajudar nessa decisão.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.