Alugar ou comprar casa? Sabe mais!
Comprar ou arrendar casa é um sonho de quase todos nós mas, seguramente, a questão que mais dores de cabeça dá na hora de mudar de habitação. Há que pensar os prós e contras e tomar a melhor decisão.
Segundo um estudo realizado pela Remax, a aquisição de um imóvel pode significar um esforço financeiro menor que o arrendamento.
Vamos explicar-te tudo se deves comprar ou arrendar casa
Para a elaboração deste estudo, a Remax apoiou-se nos mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e concluiu que comprar gera uma poupança de 30% face ao custo de arrendar casa, podendo atingir os 260 EUR mensais. Este estudo veio perceber que em cada 100 casas transacionadas, apenas 32 foram arrendadas, a que corresponde uma taxa de 46%, sendo este um cenário que se tem verificado com muita frequência nos últimos anos – em geral a população tem preferido comprar habitação em detrimento do arrendamento. No final do primeiro trimestre do ano, cerca de 94% dos imóveis disponíveis através desta imobiliária, destinavam-se a venda, contrariamente a apenas 6% para o arrendamento.
Estes dados vêm comprovar a tendência de preferência em comprar ao invés de arrendar casa em portugal, mas há que ter em consideração a situação do agregado familiar e a zona do país, visto que em algumas zonas há mais dificuldade em encontrar possibilidades de arrendamento de longa duração, e por essa razão as famílias vêm-se obrigadas a comprar.
Lisboa é a região do país com maior número de habitações disponíveis para compra, atingindo uma taxa de quase 30%, mas é também o distrito com a proporção mais significativa de opções de arrendamento – uma em cada sete habitações disponíveis são para arrendar. Fora desta região fica ainda mais difícil encontrar arrendamento de longo prazo; a média é de apenas 1 em cada 33 habitações.
Comprar vs arrendar casa
O cálculo dos custos associados à aquisição é bastante complexo, pois aqui se devem incluir, para além do custo do próprio imóvel, impostos, despesas bancárias, seguros e benefícios fiscais que possa conseguir obter, e que, não devem ser esquecidos na hora de fazer as contas. Vejamos um caso prático fornecido pela imobiliária.
Arrendar casa:
De acordo com as contas da mediadora, um imóvel num prédio urbano em Lisboa com uma renda mensal de 900 EUR, equivalerá, passados 35 anos, a 378.000 EUR, sendo ainda possível subtrair a quantia de 17.570 EUR, correspondente a benefícios fiscais a descontar no IRS (502 EUR/ano). Ou seja, ao final de 35 anos, o arrendatário terá pago por esta habitação, 360.430 EUR.
Comprar casa:
Se a opção fosse comprar o mesmo imóvel, no pressuposto de que este custaria 195.000 EUR, esta compra ficaria substancialmente mais barata que o arrendamento. Vejamos a seguir.
Recorrendo a um crédito bancário a 35 anos com financiamento a 80%, somam-se a este, os custos notariais (485,92 EUR), o Imposto Municipal sobre as Transmissões (4.562,78 EUR), imposto de selo sobre a aquisição (1.560 EUR) e imposto de selo sobre o crédito (936 EUR). Seguem-se nos anos seguintes, além da amortização dos 156 mil EUR (20% do custo da habitação), o seguro de vida (4.329,50 EUR), o seguro multirriscos-habitação (1.241,10 EUR), o Imposto Municipal sobre Imóveis (20.475 EUR) e o condomínio (8.400 EUR). Contas feitas, o valor total a pagar pela aquisição deste mesmo imóvel seria de apenas 250.491 EUR.
Conclusão: Os inegáveis benefícios
Em cada decisão que possamos tomar existem vantagens e desvantagens, mas na escolha por uma habitação própria estarão certamente benefícios que sobressaem.
Para além dos benefícios financeiros que vimos acima, ainda se inclui o facto de as taxas Euribor continuarem em mínimos históricos e ao baixo spread aplicado pelos bancos.
Ter casa própria é sinónimo de estabilidade. Transmite-nos segurança, em termos residenciais, mas também emocionais. É um bem de primeira necessidade e por isso se deve tomar a decisão de forma consciente, escolhendo a melhor opção para a nossa família. E, conforme verificamos através deste estudo, arrendar casa fica mais caro do que comprar. Esta opção, permite ainda maior flexibilidade na gestão da casa comparativamente com uma casa arrendada, e, no caso de querer mudar de habitação novamente, consegue facilmente vender pois este é um mercado que nunca pára.