7 dicas úteis para fazer a vistoria de um imóvel
Se você já pensou em alugar um imóvel seu ou já cogitou residir em uma casa ou apartamento alugado, uma vistoria de imóvel é fundamental para garantir que todo o trâmite burocrático seja realizado com segurança para ambos envolvidos no contrato.
Por meio de uma avaliação, o inquilino e o locador têm os seus direitos assegurados, ao registrarem em um documento as condições em que o imóvel foi recebido e entregue. Dessa forma, são evitados possíveis danos aos próximos moradores do local.
Além disso, a vistoria é um processo que também deve ser feito em propriedades que estão à venda, com o intuito de identificar possíveis problemas que, em uma visitação comum do interessado e do corretor, talvez, passariam despercebidos.
Avaliar detalhadamente o local em que vai residir é um fator decisivo no fechamento de contratos e na compra, portanto, é recomendável que os profissionais de imobiliárias aprimorem e personalizem constantemente o método de realizar esse tipo de serviço.
Existem três tipos de vistorias que podem ser realizadas, e a primeira delas é a inicial, que ocorre antes de o locatário se mudar para o imóvel desejado. O seu objetivo é assegurar que o ambiente esteja com a estrutura conforme relatada no documento.
A segunda é a de constatação, feita após um período de obras e reformas. O intuito desse tipo de vistoria de imóvel é a confirmação das reparações efetuadas. Essa pode ser solicitada pelo próprio locador, a fim de garantir a integridade da residência alugada.
Já a terceira é chamada de final e tem como missão comparar os dados coletados no início do processo com a realidade encontrada durante o período de locação. A partir disso, é possível encontrar danos e alterações estruturais que ocorreram no ambiente.
É importante que, em ambas as alternativas de vistorias, todas sejam realizadas por profissionais como corretores, colaboradores de construtoras, engenheiros civis, arquitetos ou bombeiros hidráulicos. Assim, a assertividade será garantida.
Muitos detalhes da estrutura do imóvel costumam ser analisados e avaliados por esses especialistas, com o objetivo de garantir que exatamente tudo seja conservado e mantido de acordo com o seu estado original. Entre eles, pode-se mencionar os seguintes:
- Dimensões da planta do imóvel;
- Vazamentos e infiltrações;
- Instalação hidráulica e elétrica;
- Condições da mobília;
- Estado da pintura e piso.
Além de manuscritos, é fundamental que uma vistoria completa apresente registros fotográficos de cada uma das particularidades analisadas. A partir disso, será mais simples fazer a comparação da casa ou apartamento antes e depois de ser alugada.
Todas essas informações devem estar anexadas ao contrato de locação ou de venda. Outro ponto relevante é que, durante a avaliação, todos os envolvidos no processo burocrático estejam cientes, para que não haja futuros equívocos.
É importante ressaltar que, mesmo sendo benéfico, o laudo de vistoria não é obrigatório. Sua realização só precisa acontecer em caso de solicitação por alguma das partes do acordo imobiliário, mediante o pagamento de uma taxa pelo proprietário.
Como realizar a vistoria de um imóvel?
De acordo com dados divulgados pelo Painel do Mercado Imobiliário (PMI) em 2020, cerca de 44.810 vendas e aluguéis de imóveis aconteceram no Brasil. Diante da crescente desse percentual, é essencial aprimorar ainda mais esse tipo de experiência.
Considerando que a vistoria pode ser feita pelo proprietário do imóvel que está à venda ou disponível para aluguéis, é importante que ele saiba como realizá-la de forma correta. Para isso, é recomendável seguir uma ordem de análise semelhante à listada abaixo:
1. Elaboração de documento
O primeiro passo antes de alugar sala comercial por hora é criar um documento que possa registrar cada ponto analisado na vistoria realizada pelo proprietário do local ou por um corretor de alguma imobiliária. Assim, tudo estará devidamente registrado.
É recomendável que essas anotações estejam bem completas, considerando o monitoramento desde a área externa do imóvel, caso haja, até a área interna. Além disso, o locador deve prezar pelas anotações de pontos específicos do ambiente.
Quando melhor detalhado, menor a taxa de futuros desentendimentos com o inquilino. Deve-se considerar ainda que, quanto maior a descoberta de problemas antes de fechar uma negociação, menores serão as dores de cabeça futuras e relacionadas ao contrato.
2. Ter um memorial descritivo
Um memorial descritivo é um documento registrado em cartório que tem por objetivo apresentar informações técnicas de um imóvel, incluindo dados da obra, serviços preliminares e etapas da construção, como o uso de ventilador industrial para galpão.
Além disso, o memorial detalha até mesmo os itens usados na construção de uma obra, como acabamento, alvenaria, objetivos do projeto, as normas adotadas para a realização dos cálculos da planta e detalhes dos materiais utilizados.
A finalidade desse tipo de documento é relatar, em formato de texto, dados importantes sobre a apresentação de um projeto imobiliário. O laudo técnico, realizado por profissionais, têm um valor legal perante a legislação brasileira.
3. Verificar áreas comuns
Os arredores de um imóvel também devem ser analisados. Em caso de locação de apartamentos, é importante observar as condições do condomínio manutenção jardim, para que não haja futuros desencontros de interesse entre locador e inquilino.
Outros pontos essenciais nessa análise são as condições da portaria, das áreas de lazer, salão de festa, parquinho, entre outras.
Assim, tudo poderá ser descrito nos mínimos detalhes à pessoa que fechar um contrato de locação do imóvel.
Esses detalhes também devem ser avaliados em casas, como a situação da fachada, sistema elétrico e possíveis infiltrações. Tudo deve ser minuciosamente anotado em um documento que beneficie ambos os envolvidos na negociação.
3. Checar os pisos
O piso amadeirado para cozinha ou o piso marmorizado para o banheiro deve ser observado cuidadosamente pelo corretor ou pelo proprietário da casa ou apartamento em questão, evitando problemas futuros relacionados à sua qualidade.
Pode acontecer de, com o passar do tempo, o inquilino venha acusar o locador de ter alugado uma residência com pisos manchados. Contudo, o registro escrito e fotografado do ambiente, antes do fechamento de contrato, evita conflitos desse tipo.
Todos os pisos devem ser observados, como os da área interna, que inclui a sala, quarto, cozinha e lavanderia, e os da externa, que inclui o quintal, varanda e outros espaços de lazer que usam um material de cada tipo no chão.
4. Analisar as paredes
As boas condições de uma moldura de gesso para cozinha, da pintura e dos azulejos das paredes devem ser devidamente registradas pelo proprietário de uma residência. O mesmo deve acontecer caso haja problemas, como rachaduras e infiltrações.
É ideal que todos os pontos, positivos e negativos, sejam expostos ao inquilino que deseja residir temporariamente em um imóvel. Assim, ele pode se ver livre de possíveis acusações futuras e o locador se assegura da qualidade oferecida.
As paredes também denunciam problemas com encanamento e com vazamentos. Por isso, é essencial que a boa condição e aparência delas seja mantida e beneficie ambas as partes envolvidas no contrato.
5. Observar a mobília
Algumas pessoas costumam alugar imóveis que já possuem algumas mobílias. Nesses casos, a vistoria dá um trabalho dobrado ao profissional responsável por executá-la. Registrar informações e fotografar cada móvel é recomendado para evitar equívocos.
Dependendo do padrão da residência oferecida, até mesmo móveis de luxo para escritório, podem ser oferecidos pelo proprietário. Verificar se todos estão em bom estado, sem problemas nas fechaduras ou rachaduras fará toda a diferença na vistoria.
Além dos móveis, portas e janelas também devem ser analisados, para que não haja nenhuma confusão e insatisfação durante o período de locação de um imóvel, ou após o processo de compra dele.
6. Verificar possíveis problemas estruturais
Problemas estruturais envolvem desde manchas e rachaduras nas paredes e pisos, até a condição em que uma bancada de mármore para churrasqueira se encontra. Muitas pessoas acabam deixando esses detalhes passarem despercebidos.
Contudo, eles são fundamentais para que grandes problemas sejam evitados, como a manutenção da parte hidráulica e elétrica de uma residência, que pode acarretar em um grande custo para o proprietário.
7. Estudar todos os detalhes
Assim como mencionado a respeito do cuidado com a análise da mobília, qualquer item que esteja presente em um apartamento ou casa, que pertença ao proprietário, mesmo um regador de jardim infantil, deve ser registrado pelo responsável pela vistoria de imóvel.
Evitar possíveis desencontros de interesse e baixos níveis de satisfação após o fechamento de um contrato é algo que uma vistoria bem-feita visa combater. Portanto, os detalhes devem ser observados cuidadosamente por todos os envolvidos.
Considerações finais
Apesar de não ser obrigatória, uma vistoria imobiliária é recomendada em toda e qualquer situação, seja ela de venda ou de aluguel. A produção de um documento desse tipo garante os direitos e deveres das partes vinculadas em uma negociação.
Tanto inquilino, quanto locador, podem viver tranquilamente quando se há um compromisso de manter as condições iniciais de um imóvel até o final de um contrato. Dessa forma, muitos conflitos futuros conseguem ser evitados.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.